A pilea é a planta do momento! Ela é a campeã de cliques para redes sociais, já foi mencionada em mais de 140 mil postagens até o momento, com a hashtag #pileapeperomioides. Se adapta suber bem em vasos e ambientes internos. Devido a sua grande capacidade de propagação é a planta queridinha das florestas de apartamento em todo o mundo.
Em 2019 foi trazida ao Brasil por produtores de plantas ornamentais de Holambra/SP. Atualmente é comercializada em grandes redes de floriculturas e lojas de jardinagem. Sua capacidade de propagação por mudas é muito grande, e esta é uma das características que a tornam ainda mais especial. Estima-se que de uma planta podem ser formadas pelo menos 10 novas plantas, em um período de 12 meses. Isto também é devido a sua adaptação ao clima Brasileiro.
O que a pilea precisa para crescer saudável?
LUZ
A planta gosta de sol fraco, por 2 ou 3 horas por dia ou claridade durante o dia inteiro. É classificada botanicamente como planta de sombra. Então, plante-a em um lindo vaso autoirrigável e decore o seu ambiente, lembrando de deixar próximo às janelas. Quanto mais claridade a planta receber, mais uniforme será seu crescimento.
SUBSTRATO
A Pilea precisa de um substrato que mantenha umidade nas raízes, estimulando a brotação e emissão de novas folhas. A formulação do substrato ideal RAIZ é perfeita para esta espécie. Ele é composto por materiais que retém a umidade, como composto orgânico, turfa de sfagno e vermiculita. É balanceado com casca de arroz carbonizada e outros materiais vegetais que drenam o excesso de água e impedem que as raízes apodreçam ou se afoguem.
Caso você tenha outro substrato em uso, você pode misturar e otimizar ao máximo os recursos para cuidar das suas plantas.
ÁGUA
Com o sistema dos vasos autoirrigáveis, as raízes tendem a ficar úmidas do jeito que a pilea gosta. Quando a água do reservatório acabar, você pode esperar um ou dois e então, complete novamente com água. A pilea não tolera encharcamento, por isso, use um substrato com boa drenagem, como o substrato ideal RAIZ
NUTRIÇÃO DA PLANTA
Apenas a água não será suficiente para manter sua planta bem alimentada. Até os nutrientes que a terra tem vão sendo usados e diminuídos com o passar dos dias. Programe uma adubação mensal para todos os seus vasos. Lembre que nos meses mais quentes do ano a planta tende a crescer mais e por isso, consome mais insumos. Use o adubo de sua preferência, sempre seguindo as recomendações do rótulo quanto à dose a se aplicada, a forma de diluição (se é em água ou direto na terra). Na dúvida, adube “para menos” pois assim você não corre o risco de queimar sua planta, afinal, os adubos são sais e em excesso prejudicam as raízes.
VASO IDEAL
O tamanho do vaso varia conforme a fase em que a planta se encontra.
Para mudinhas pequenas ou mudas em fase inicial de crescimento, use o vaso 2. Para mudas recém compradas use o vaso 3.
Cor
Nossa sugestão é a cor Living Coral. É a tonalidade que mais combina com os tons de verde da pilea, trazendo o frescor e exuberância dos ambientes tropicais.
Escolha um mix de vasos para plantar as novas mudas.
MANUTENÇÃO
Depois de poucos meses é chegada a hora da manutenção no vaso.
A planta principal cresceu tanto em altura quando na lateral, várias mudas foram formadas, ficando com pouco espaço. Neste caso é feita a “reforma no vaso”. Várias mudinhas ganharão “casa nova” e assim as plantas irão crescer e se desenvolver melhor. Não é a toa que a pilea é a planta da amizade, com tantas mudas novas podemos presentear vários amigos.
- Escolha uma mesa ou bancada de apoio, para fazer o plantio;
- Retire com cuidado todo o torrão da planta de dentro do vaso, preservando as raízes. Caso a planta esteja muito aderida às paredes do vaso, utilize uma pequena ferramenta para auxiliar (como se fosse desenformar um bolo);
- Separe com as mãos, muda por muda, lembrando de não quebrar raízes ou folhas. Evite também desmanchar o torrão das raízes, pois quanto menos impacto a muda sofrer nesta etapa, mais rápido ela irá se adaptar ao novo vaso.
- Para plantar, escolhemos o substrato Ideal Raiz e adicionamos a mesma parte de húmus de minhoca (que é um adubo orgânico super completo, cheio de nutrientes para as plantas);
- Escolha os vasos para plantar as novas mudinhas;
- Posicione as cordinhas para que a água chegue de forma uniforme até a terra. Cuide para não quebrar nenhuma raiz ou folha da sua mudinha;
- Complete com o substrato até o vaso ficar cheio e acomode gentilmente a planta, retirando o ar de dentro da terra
- Ao final, lembre de molhar a terra e também encher o reservatório com água.
Toda muda, muda tudo!
Mudam os cuidados, as características da espécie, o melhor tamanho de vaso. Muda a condição de luz, a frequência de adubação, a quantidade de água.
Mas tem uma coisa que não muda: todas precisam de manutenção.
Por isso, fizemos uma lista de 10 coisas que você precisa saber sobre a manutenção das suas plantas nos vasos autoirrigáveis:
1. A água deve ser abastecida pelo caninho do reservatório, assim evitamos que a terra fique compactada ou vazando pelos canais de drenagem;
2. Sua planta precisa ser adubada regularmente para crescer de forma saudável e livre de pragas (escolha um adubo e siga as orientações do rótulo quanto à dose, frequência e forma de aplicação);
3. O controle de insetos e doenças de plantas começa pela prevenção. Lembre de adubar suas plantas pelo menos uma vez por mês;
4. Evite seguir receitas de inseticidas mirabolantes da internet, pois ao invés de resolver o problema você pode acabar intoxicando sua planta;
5. Temperos que não pegam sol ficam fracos e podem morrer em poucos dias;
6. Folhagens e plantas de sombra quando ficam no sol forte podem queimar as folhas;
7. Ambientes com ar condicionado podem ressecar demais as folhas, tornando-as quebradiças e fracas;
8. Experimente passar um pano úmido sobre as folhas naqueles dias mais quentes, assim elas ficam mais frescas e saudáveis;
9. Você pode fazer mudas das suas plantas e espalhar ainda mais vasinhos pela casa;
10. Não tente fazer tudo de uma vez só. A graça de cultivar está nas pequenas coisas e no cuidado em cada passo do ciclo das plantas.
Texto escrito por Vânia Chassot Angeli
Engenheira Agrônoma - RAIZ